No fim tudo
sucumbe, e senão tudo,
ao menos essa
marcha em despedida
do sol, esse
ocultar-se na descida,
recobrindo de
sombra o dia desnudo.
Toda beleza
impura é consumida.
Sobre o chão a
ramagem de veludo,
dentro do cesto
o fruto bem carnudo.
Definhar-se, eis
a cláusula da vida.
Subsiste
tão-somente a eterna fonte,
e é dela que
provém a consistência
das coisas, o arcabouço
da existência.
Se um círculo se
fecha neste mundo,
a gênese suscita
no horizonte
outro círculo
ainda mais fecundo.
OBRAS DO AUTOR
Um belo soneto, sem dúvida. É da fonte Divina que vem toda a força, vontade, dom da vida. A essa fonte devemos dar graças todos os dias. O pior é quando nos esquecemos e nos desviamos do caminho. A mim acontece tantas vezes. A fonte é Deus.
ResponderExcluirBelo soneto, meu caro.
ResponderExcluirAbração.