Há noite e em mim existe o silêncio
compulsório, silêncio que constrange
o corpo a um torpor absorvente.
Calo-me, embora a chuva no quintal
martele o seu compasso persistente
em sinfonia dura e natural.
O silêncio dos lábios é contraste,
e eu sei trago comigo a confissão
pejada de sentenças inconclusas
e gritos em estado adormecido
– enfim o sono rompe suas eclusas
e o brado é novamente reprimido.
Aprazível agonia entrelinhas... Incrível poema! Quando me for possível, vou adquirir o livro.
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