" " NOVA CASTÁLIA: CLAUDIO MARIOTTO FALA SOBRE O EVANGELHO DOS LOUCOS

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

CLAUDIO MARIOTTO FALA SOBRE O EVANGELHO DOS LOUCOS



Se você pretende ler este livro, prepare-se...

Ele não é um livro comercial, com aquelas fórmulas costumeiras afim de prender sua atenção no início e depois te entregar o óbvio.

Também não o leia de qualquer maneira. De qualquer jeito. Acredite, ele irá necessitar de sua atenção. Sempre que pego um livro para ler em uma semana, geralmente calculo o número de páginas que deverei ler por dia e desta forma consulto o número de páginas totais e divido por 7.

Com este não foi assim. Fininho com 160 páginas, calculei em média 25 páginas por dia e ainda o terminaria com folga. Ledo engano.

Em primeiro lugar, Gabriel entrega parágrafos bordados com palavras de alta qualidade, uma degustação literária caprichada e que amplia a qualidade da narrativa dos cenários, personagens e cenas. Não seja preguiçoso, consulte um dicionário. Você irá perceber que as palavras escolhidas com esmero são exatamente as necessárias para conduzir o leitor pelo universo de sua obra. Uma palavra retirada e a magia se quebra.

O perfil psicológico do personagem principal e a evolução de sua jornada pessoal é assustador e impressionante ao mesmo tempo. Sabe aquelas situações que observamos na sociedade, no mundo que nos sufoca e tentamos deixar de lado justificando a existência deste " Mal estar da civilização" ? Em o Evangelho dos Loucos ou você encara e sente esta angústia, ou irá apenas passar pelo livro e pode ser que não o aprecie.

Foi difícil para mim, com meus 52 anos, não me identificar com várias situações. Em algumas situações fiquei pensando: Como ele consegue retratar exatamente o que já senti em alguns trechos da minha vida? Situações tão parecidas, reações tão próximas, momentos de asfixia tão verdadeiros.... 

Não irei entregar conteúdos, assim se você desejar ler e sentir uma excelente obra, aí está.

Ao terminar o livro nesta tarde de domingo eu necessitei caminhar um pouco. Sentir o vento, aproveitar sabores, sorrir para o entardecer e meditar mais sobre o livro.

Um pouco dele ficou em mim. 

A você Gabriel Viviani de Sousa, ser grato é pouco pela forma como entregou essa obra a nós leitores.

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