Sobre ti os
deveres do presente
repousam,
estás lúcido,
atento ao movimento
da serpente, e
nas mãos ainda fortes
e elevadas ao
vento, tu indicas
o norte,
a sorte dos que
rompem a corrente.
Nas ruas
desdobras em
coragem e ousadia
a marcha. Os
monumentos e edifícios
afinam-se à
porfia contra a cobra
traiçoeira que
tudo contamina
com vícios.
Pudesse, o
inimigo tingiria
de tons
sanguíneos tua
nação e, no entanto,
tu conservas
fiel no coração
a origem, e
enfrentas o quebranto
da foice
com o santo
auxílio do rosário.
O dia
obscuro
encontrará, enfim, o ocaso,
e teu esforço, teu
choro sincero,
teu riso em
atraso serão assim
tão-somente a
memória desse tempo
austero.
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