Pago
humildemente e sem reclamações
o preço desumano
desse itinerário,
dessa árdua
passagem entre o abecedário
e o ponto
terminal das elucubrações.
Se a sorte não
me coube, e aquela existência
sublime e
fabulosa entre cortesãs
de seios saltitantes
e sábios de vãs
filosofias nunca
somou consistência,
degusto, a
contragosto, esse destino insosso.
Solitário,
costuro no anonimato
uns versos.
Cairão no esquecimento – é fato! –
e, no entanto, antes
de ser coberto o fosso,
não os desprezo
como bom divertimento.
Se, ao menos, me
ocorresse ter a companhia
táctil de algum
corpo… Coube-me a poesia
e só. Sua
sutileza, eis todo o meu contento.
SÃO FRANCISCO XAVIER (06-04-2015)
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