Ontem conversando com uma colega escritora, tratávamos sobre a formação do romance. Ela me questionava a respeito do livro que estou escrevendo, O Arcano da Morte, e eu lhe disse que chegara ao último capítulo. Quando me acerco do fim, bate-me uma terrível indolência. Parece que o capítulo derradeiro se transforma em um terreno íngreme no qual caminho com imensas dificuldades. Por um lado existe aquela satisfação de estar atingindo o termo do trabalho, por outro há também certa má vontade, como se escrever se transformasse, subitamente, em um sacrifício. Às vezes, escrever é mesmo sacrificante, mas em momentos assim, a sensação se torna muito mais opressiva.
Nossa conversa versou, em seguida, sobre os desafios de estruturar um bom romance. Dei-lhe dois conselhos:
1° Sempre compor um bom roteiro a respeito da história. Quando o autor define antes a trama, as personagens, alguns diálogos preponderantes, ou seja, o começo, o meio e o fim daquilo que será escrito, restará tão-somente a satisfação estética. Criar o enredo na medida em que a história é redigida somente complica o esforço;
2° Dedicar à labuta literária uma porção diária do seu tempo. Se o escritor não tiver uma rotina cotidiana de escrita, dificilmente o romance avançará. É necessário muito cuidado para não se deixar conduzir pela indolência ou pela procrastinação. Sendo assim, caso o autor deseje realmente ver sua obra terminada, precisa exigir de si mesmo uma dedicação constante.
Gabriel Santamaria é autor de O Evangelho dos Loucos (romance), No Tempo dos Segredos (romance), Assim Morre a Inocência (contos), Destino Navegante (Poemas), Para Ler no Caminho (Mensagens e Crônicas).
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Sou fã. :)
ResponderExcluirAline