Dias atrás, recordava-me de Santo Agostinho. Um dos pilares teológicos do cristianismo, bispo africano que combateu heresias e escreveu obras fundamentais. Durante a juventude, em busca da sabedoria, bebeu na fonte da filosofia, sobretudo o neoplatonismo e o estoicismo. Também se enamorou do maniqueísmo, e depois de uma existência pessoal bastante atribulada, se aproximou da conversão.
Segundo os biógrafos, Agostinho tornou-se um intelectual reconhecido em sua região, e cristãos dedicados ao conhecimento eram candidatos naturais ao sacerdócio. Ocorre que esse, em particular, ansiava somente formar um círculo de homens dedicados à contemplação sapiencial, sendo assim, evitava a todo custo tornar-se presbítero. A despeito disso, em dado momento, acabou ordenado sacerdote contra sua vontade.
Quando morreu, Agostinho havia deitado muita influência em Hipona e circunvizinhanças, mas estava distante de ser considerado uma das bases teológicas da Igreja. Com o decorrer do tempo, no entanto, suas obras conquistaram a importância merecida, e iluminaram o pensamento de todo o Ocidente.
Hoje comemoramos Santo Agostinho. Que ele interceda por nós e continue servindo como modelo.
Gabriel Santamaria é autor de O Evangelho dos Loucos (romance), No Tempo dos Segredos (romance), Assim Morre a Inocência (contos), Destino Navegante (Poemas), Para Ler no Caminho (Mensagens e Crônicas).
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